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domingo, 17 de setembro de 2006

Ainda Viana do Castelo, Domingo, 17 de Setembro de 2006
Faltam 28 dias para a Maratona do Porto

Acordamos cedo (cedo para um Domingo) e passados 15 minutos estávamos já na rua a correr.

Ai os desgraçados dos músculos… Tensos, presos, emperrados. Parece que os ouvia indignados: “Eh pá! O quê?! Já é para acordar?! Já é para trabalhar?!” - perante a brusquidão com que se viram obrigados a acordar e a trabalhar, depois do treino da véspera.

Mas é mesmo assim a vida, e nunca ouvi dizer que vida de músculo fosse fácil.

Fomos até Darque, Praia do Cabedelo e voltamos a Viana. 1h10m de corrida contínua.


Depois do banho, do substancial pequeno almoço, como quem não tem nada melhor para fazer subimos a pé os muitos degraus (não tive paciência para os contar) que nos levam de Viana do Castelo à Basílica de Santa Luzia, numa fantástica viagem de mais de 800 metros num desnível constante de cerca de 25%, não contanto com a claustrofóbica subida ao zimbório.

Depois, a respectiva descida e creio que este exercício deve ter valido por um treino específico: degraus!

Tudo parece estar no bom caminho, não parece? Eu não diria isso. Pois rodemos então lá a Terra e escutámos a conversa entre o gnomo, a rã e a princesa, na orla da floresta negra:

- Que farás tu à tua vida quando encontrares o verdadeiro amor? Alguém que mereça o teu coração? Porque fazes isto agora? Estás a estragar a tua vida. – dirige-se-lhe a rã.

A princesa baixa os olhos, encolhe os ombros, e responde baixinho:

- Não vou encontrar ninguém assim... E estragada já a minha vida está.

- Olha princesa, nunca deixes de acreditar, e lembra-te que Amor não é mais que partilhar vivências, sentimentos e afectos, e ter um prazer imensurável nessa espontânea partilha. – reforça o gnomo.

- Eu sei isso tudo gnomo, mas já não acredito – duas lágrimas rolam pelo rosto ainda bonito da princesa.

- Não digas isso princesa. Até eu um dia me vou transformar em príncipe. – diz a rã brincando.

A princesa sorri tristemente e volta para a densa, fria e negra floresta. Ninguém a verá nos próximos dias. Pelo menos tem sido assim, até ao dia em que ela desaparecerá para sempre nessa bruma fantasmagórica.

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