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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Corrida da Freguesia da Caparica - Clube União Recreativo União Raposense

A partida das meninas mais pequeninas:

Agora a partida do escalão do meu tesouro: Benjamins

O meu Amor em plena prova:

E já depois de alcançada a meta:

Eu "à porta" do clube, antes da prova:
A minha partida (só mulheres e juniores masculinos):

Quase a chegar à meta (mas ainda falta uma subidinha e ainda vou ser passada por essa jovem colega de estrada que me segue de perto):
A pouco mais de 2 passos da meta: Vitória!

Podemos sempre correr! Podemos sempre correr!

Quando quase tudo o resto falha, podemos sempre correr! Excepção feita quando o que falha é a nossa saúde e a nossa própria vida, mas tirando esses pontos, quando o tecto da casa desaba e o vento fustiga as paredes que ameaçam ruir, e temos de procurar entres os escombros uma maçã por roer ou um casaco de malha que as noites já são frias, podemos sempre correr! Podemos sempre correr meus irmãos!

E eu ontem corri!

Com a desculpa de ir levar a minha filha a uma corrida em que o pai a inscrevera, onde ela ia entusiasmada por levar uma amiga que se ia estrear nestas andanças e que veio a adorar por sinal, dou por mim a pensar: porque não vou eu também correr?

E se me interroguei, mais depressa decidi. - Vou aparecer e espero que aceitem inscrições de última hora! - pensei. E aceitaram!

Sentia algumas saudades destas provas rápidas, de 3 km apenas para o sector feminino e que obrigam mesmo a… correr! Desperta o corpo, adormece a morte! Ai, como eu gosto de correr!

De cabelos soltos hoje, corri como pude e com prazer, muito prazer! 14m13s apenas, mais um curto período de aquecimento. Prova rápida com desnível: desce, sobe, desce, sobe, meta!

E assim, um “clube de bairro”, contrariando a decisão da Câmara Municipal de Almada, que acabou com o “Cidade de Almada” este ano, o Clube Recreativo União Raposense teimou em manter a “sua” Corrida da Freguesia de Caparica com o apoio da Junta de Freguesia de Caparica e comércio local, e colocou perto de 3 centenas de pessoas (contando com todos os escalões) a correr na bonita manhã de 28 de Outubro de 2007.

Bonito de se ver! Água e uma peça de fruta era o conteúdo do saco de plástico que era ofertado a todos. Uma estrada para correr, uma ambulância, voluntários e muito amor a esta coisa chamada corrida.

Medalhas e taças por classificação para todos os escalões, o que muito agradou às crianças.

Saliente-se as inscrições gratuitas ainda!

No fim, combino já outras provas. Uma Meia em breve para acompanhar uma amiga que se irá estrear em Lisboa. Outras Meias, e outras distâncias, fundamental não parar, para em Janeiro ou Fevereiro de 2008 tentar então a minha 5ª Maratona sem desistir.

Parabéns ao Clube Recreativo União Raposense, que organizou e pôs de pé esta bonita manhã!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A minha MARATONA DO PORTO ou Foi bom enquanto durou!

Na Feira, jantar massa com música ao vivo: Antes da partida: O Melhor e mais forte abraço:
A darem-me força:

e mais força, que bem ia precisar:

Agora estamos todos para o mesmo: confiantes, apreensivos, nervosos, sabe-se lá o que vai dentro de cada um:



Partida dada: a sorrir feliz para o Margarido:


A avidar o francês para se preparar para a foto (obrigada Carlos):





Ainda confiante que ia chegar à meta a correr:
Dois dias felizes no Porto

Sem treinos mais longos que metade da distância da Maratona, e com regularidade de semanal a quinzenal, chegando mesmo a atingir as três semanas sem correr, assim cheguei eu à Maratona do Porto.

E quando praticamente na véspera, em conversa com um amigo, ele me diz que temia que eu lhe dissesse que ia mesmo fazer a Maratona, eu fingi não o entender, e reforcei a ideia de que apesar de muito mal preparada ia tentar, ajustando o ritmo e traçando um novo objectivo, e acreditei que ia ser possível. Acreditei mesmo.

No sábado véspera da prova, partimos de Lisboa, divididos em dois autocarros, 66 indivíduos rumo à Maratona do Porto, dos quais, exactamente 33 iam para a Maratona.

Segui tranquila, apesar de ter passado muitas dias e muitas noites a pensar se deveria alinhar à partida, a sentir medos e pavores, confiança e desgraça oscilando num mesmo segundo.

A véspera foi passada em viagem, um almoço com os amigos mais chegados: sardinhas fritas e arroz de tomate, e a tarde foi passada na Feira da Maratona, onde se levantava os dorsais e onde era oferecida a Festa da Massa.

Muitas caras conhecidas, verdadeiros reencontros felizes de pessoas que por mais distantes que estejam e sejam, continuam a ter esta magia que as une invisivelmente e que muitas vezes se torna visível: a corrida.

Saliento outra vez, acho que não é demais, o trabalho do gabinete do Apoio Psicológico ao Corredor, a decorrer na feira, onde reencontrei a Tatiana que me atendeu há 2 anos, e a Helena que me atendeu no ano passado, e que mais uma vez estiveram cinco estrelas no brio e entrega que têm ao que fazem. Se formos capazes, com elas (ou seus colegas) nos vemos a analisamos. Factores como a motivação, a ansiedade e a expectativa, são ali analisados e saímos sempre reforçados para alinhar na partida da Maratona e para suportamos os vários estádios que atravessamos na prova. Com elas e através delas, saímos mais fortes das nossas convicções e das nossas razões de ali estarmos. Para elas (e todos os seus colegas), do lado de cá, os meus mais sentidos agradecimentos e a maior salva de palmas.

E assim me deitei tranquila. Muito bem mentalizada e motivada para correr durante umas 4 horas e muito, talvez 5 horas. Devagar, devagarinho. Acreditei partir e chegar ao fim.

A manhã chega depressa e estou já na partida. De novo os mesmos amigos e agora outros também. Verdadeiro e sentido prazer em rever. Os que vão correr e os que estão ali só para nos verem partir. Emoção, muita emoção. O dorsal da Maratona pesa-me no peito e sinto a responsabilidade. Abraços leves e outros apertados.

- Gosto muito de ti, Mamã! – o abraço não me larga a corrida toda e ela, a minha filhota vai esperar-me para cortar a meta comigo.

Encontro ao meu lado na partida, posicionado bem cá atrás, um amigo que não via há 2 ou 3 anos. Está ali para se estrear na Maratona o Luís. Diz que se lembra muito do que eu dizia sobre a Maratona, e treinou para ela. Vai estrear-se mas vai com algum receio.

Seguimos juntos e também com o Fonseca que já tinha prometido acompanhar-me, o que eu agradeci mas pessoalmente não gosto muito desses compromissos, mais ainda numa prova tão longa. Apanhamos um francês e seguimos juntos. Devagar, felizes.

Ao quilometro 10, incentivo o Luís a deixar-nos e acompanhar 2 colegas que iam ligeiramente menos lentos.

- Segue Luís! Confia em ti! Tens treinos para acabar isto, e sempre é melhor ires com companhia. Por aqui as coisas não se sabe como acabam. Confia em ti! Vai!
E ele foi. E hoje é um Maratonista!

Nós seguimos bem os 3: eu, o Fonseca e o francês. Bem connosco e com o mundo.

Km 25 sensivelmente: o francês vai para a frente, o Fonseca para trás (com caimbras) e eu sigo conforme posso. Nesta altura sinto já um certo esforço em manter a passada (por mais ridículo que isto parecer a algumas pessoas).

Ao subir para a Ponte D.Luís, ainda a comer laranja do abastecimento, caminho e as pernas parecem troncos de árvore pesada que tento fazer deslocar para a frente: primeiro um pé, depois o outro, e parece que é isto andar…

Volto a tentar correr: não! Uma dor fina, aguda e bem definida está instalada no joelho direito e o tornozelo esquerdo queixa-se do mesmo, em cada vez que o pé toca o solo, alternadamente os pés, alternadamente as dores. Não! – grito mudo este. Caminho. Corro, caminho, corro, caminho, olho o cronómetro, corro, dois passos, o joelho, o pé, outro passo, caminho, impulsionar a perna para a frente é trabalho árduo e nunca pensei que caminhar pudesse ser tão difícil. Coordenar as pernas é difícil. Ouço-me. Paro, olho o rio. Mais 2 passos de corrida. Não! O joelho! O pé! Caminho.

Sou passada por alguns atletas que iam atrás de mim.

Ouço-me. Grito por dentro. Solto lágrimas sem soltar! Ouço-me!

Quilómetro 29: o cronómetro marca 3h19m19s. Faltam 13,195 m e eu ouço-me! Paro o cronómetro (como se isso fosse importante) e encosto-me à placa aguardando.

- Estás à minha espera? - diz-me o Fonseca ao passar por mim agora parada.
- Não… estou à espera da ambulância… mas estou bem, apresso-me a dizer.

A Cruz Vermelha abre-me a porta da ambulância e pergunta-me.

- Que é que você tem?
- Tenho falta de treinos, só isso. Estou bem! – respondo subindo já para o banco, onde choro por fim.

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- Mãe! Tu disseste que nunca se desistia!
- Amor! Sim, disse, mas mais importante que não desistir é sermos inteligentes para perceber quando temos de parar, e pararmos antes de cometer excessos que prejudiquem a nossa saúde e nos façam mal, percebes?
A Mãe tentou, mas ainda faltavam 13 km, estava a doer-me um pé e um joelho, estava exausta, até andar me custava, foi melhor desistir e estar agora aqui bem, do que não desistir e cair para o lado, não achas?

A explicação era para ela mas eu também precisava ouvir aquilo, por isso assim falei bem alto. E repeti vezes sem conta.

De facto, racional e inteligentemente fiz o que tinha de ser feito. Mas existe uma sombra, ai isso existe, e uma culpa, pois não respeitei a Maratona. Resta-me pensar que respeitei o meu corpo. Que acreditei, que tentei, e que foi muito bom… enquanto durou.

Antes da Maratona escrevi que participar seria um acto louco mas consciente. Hoje, resumo assim: a loucura enquanto durou foi muito bom, mas mesmo muito bom, e quando tive realmente de ser consciente e tomar uma decisão, fi-lo! Com inteligência e coragem!

Mas cá dentro o Km 29 ficará sempre na memória como um marco, uma barreira, e um fantasma! Ai quando passar por ele na minha próxima Maratona… mas irei treinada, porque loucuras destas não são para se repetir muitas vezes.

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Mais de 6000 fotos em http://www.ammamagazine.com/

domingo, 21 de outubro de 2007

4ª MARATONA DO PORTO

Há apenas três anos um homem que gosta de correr trouxe à luz do dia um sonho. Sonhou ser pai de uma grande e magnífica Maratona, uma que ele gostasse de correr.

E em 2004 fez nascer a Maratona do Porto, que em três anos apenas já marcou o seu espaço e lugar e apesar de ser ainda uma bebé, com voltas e reviravoltas, acertos de percurso e outros, chega a 2007 para realizar a sua 4ª edição com um aumento significativo de participantes (ultrapassou as quatro centenas de chegados), sendo uma maratona que se distingue nítida e superiormente das demais realizadas até hoje em Portugal.

Com site próprio onde se pode obter variadas informações , incluindo a possibilidade de efectuar a inscrição on-line.

Este ano, a par da última edição, foi disponibilizado transporte gratuito de ida e volta para maratonistas
e/ou atletas atletas da Meia, da Mini ou simplesmente acompanhantes a um custo simbólico, desde uma cidade que fica apenas a 300 Km de distância (Lisboa).

A deslocação entre a feira, o local de partida e chegada, e o hotel patrocinador da prova – Vila Galé Porto – é também assegurado.

Este ano, uma feira num espaço acolhedor foi oferecida aos atletas, onde os dorsais são levantados de forma rápida e eficaz. Um gabinete de apoio psicológico ao corredor oferece de facto aos maratonistas um verdadeiro apoio inédito em Portugal, de que já alguns atletas não prescindem.

Uma “Festa da Massa” de muito boa qualidade, desde os produtos disponíveis à simpatia e empenho de toda esta equipa organizativa.

Tudo isto é oferecido ao atleta. Também os prémios de presença constituídos por: medalhão ou medalha especialmente concebida para cada prova: maratona, meia ou mini, a habitual t-shirt de algodão, uma camisola de tecido e feitio especial para a prática de atletismo, o livro de José Mann “Companheiros da minha estrada”, e uma garrafa de Vinho do Porto com o logotipo da prova.

E depois tem ainda o atleta uma Maratona para correr num percurso com uma paisagem fabulosa, quase mágica, bem sinalizado, seguro, com vários postos da Cruz Vermelha e com alguma animação. Transporte e guarda da roupa dos atletas para o local de chegada. Uma boa e grande reportagem fotográfica prestada pela equipa da AMMA – Atletismo Magazine Modalidades Amadoras.

Este ano a partida da Meia fazia-se de forma que estes atletas se juntassem aos maratonistas na 2ª metada da sua prova. Uma ideia que ao invés do que se pretendia, resultou desastrosa não só pelo aglomerado de gente a entupir a estrada a ritmos lentos quando havia atletas da frente da maratona a correr no mesmo local, como pelo quase desaparecimento dos abastecimentos, principalmente no que às bebidas isotónicas dizia respeito. Definitivamente uma experiência a não repetir.

A redução de massagistas no final da prova, em relação ao ano passado e o facto de neste ponto – final da prova - os atletas da Meia usufruirem das mesmas condições dos Maratonistas, não foi de todo uma boa ideia também.

Para além do que foi já dito e destes descuidos próprios de uma Maratona menina ainda a dar os primeiros passos numa vida promissora, com pequenos tropeços e soluços mas já determinada em ficar, crescer e continuar a oferecer uma Maratona de qualidade em Portugal, que mais se poderá dizer?

Que os atletas são muito bem tratados? Que é a já a melhor Maratona de Portugal, e que promete assim continuar?

Sem dúvida que sim!



nota: Voltarei em breve para contar "a minha maratona"

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

As minhas Maratonas

Estamos a escassos 5 dias para a Maratona do Porto.

Em 2001, na minha primeira, em Paris tudo foi deslumbramento. Com uma estabilidade pessoal a vários níveis de que tenho saudades, o que também me proporcionou os treinos assíduos e devidos, com muita cautela, fiz uma prova controlada, a um ritmo muito regular e acabei com 4h04m. Feliz.

Depois, a segunda, em 2004, em Lisboa, num domingo de chuva, com treinos com algum afinco, a bater nos treinos para não me bater a mim própria, e depois do dia da véspera passado a dormir à força de comprimidos cor-de-rosa que nos devolvem uma vida sem cor, acabei por fazer uma prova esforçada mas muito compensadora: 3h49m. No entanto, e curiosamente (ou não), sem sabor.

Depois, em 2005, a terceira, no Porto. Com altas expectativas e uma grande ansiedade para melhorar a minha marca, com alguns treinos específicos, seria possível, mas o ritmo imposto de início foi alto demais (para a minha condição e para o que pretendia), e ao km 28, rebentei completamente. A partir daí foi caminhar, correr, apreciar os chuveiros como se estivesse em casa, e os abastecimentos, e cheguei à meta com 4h02m. Decepcionada por não ter sido capaz de dosear e gerir o esforço, pois bater o meu record estava ao meu alcance, não fosse a excessiva confiança e ansiedade.

Por fim, em 2006, a quarta, de novo no Porto. Com treinos suficientes, a certeza firme de querer fazer e a razão porque fazia, e fiz. Uma Maratona muito feliz, que me demorou 4h04m, com um ritmo extremamente regular e uma gestão de esforço perfeita. Uma maratona feliz, ganha pela perseverança e também pela amizade.

2007… a quinta, um acto absolutamente tresloucado mas perfeitamente consciente. Poderão estas duas palavras coexistir numa mesma frase?

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Decisão a tomar

Faltam apenas 10 dias para a Maratona do Porto. Nesta altura, melhor ou pior, todos os atletas terão já o trabalho feito para o grande dia.

A mim, as coisas não me têm corrido como previsto e como seria desejável, e já há umas semanas que pondero mesmo não fazer a maratona.

Irei eu alinhar à partida? Constarei da lista dos chegados? Com quanto tempo e com quanto prazer e com quanto sofrimento? Tudo na balança, para que lado penderá a decisão: Fazer a Maratona ou Não fazer a Maratona?

Chovem vozes dentro e fora de mim, incentivando, avisando, aconselhando, prevenindo, amedrontando, etc., sabendo eu no entanto que a responsabilidade da decisão só a mim cabe. Já o mesmo não posso dizer das consequências, porque os nossos actos nunca só a nós afectam. Há sempre alguém que acaba por levar por tabela. Porque directa ou directamente têm a ver connosco ou simplesmente porque gostam de nós, e por esses, pelo respeito que me merecem, devo eu também considerá-los na minha decisão.

Deverei encarar a maratona (esta maratona, pelas minhas condições físicas nesta fase da minha vida) numa perspectiva diferente da que normalmente encaro, contrariando o espírito do português típico que diz que para concluir a maratona em 5 horas, nem vale a pena lá ir?

Conseguirei eu estipular um ritmo suficientemente confortável para o manter durante 42.195 metros?

Que faço? Que faço?

domingo, 7 de outubro de 2007

Corrida de Sesimbra - 07.10.2007

Momentos antes da partida
Corrida de Sesimbra – 07.10.2007

Há muito tempo que não me sentia assim a correr: bem!

Sesimbra recebeu-nos com um tempo radioso a convidar a um mergulho no mar no final da prova.

Com uma boa organização, estando uma boa parte dela a cargo da Xistarca, a prova agradou se não a todos, à maioria certamente.

Sesimbra oferece-nos um percurso praticamente plano, ao longo da marginal, levando-nos a percorrer o pontão que entra pelo mar, onde damos a volta ao farol e voltamos.

Com o trânsito completamente cortado, abastecimentos e controlo suficientes, a prova decorreu de forma impecável.

Como uma prova agradabilíssima, seria descrita no final por quem se estreou este ano.

No final uma chegada que todos merecemos, uma medalha e uma t-shirt, e espaço suficiente e agradável para retirar o chip e acalmar.

No final, um cheiro a peixe grelhado convida-nos a ficar e é apenas por tudo isto que a Corrida de Sesimbra nos deixa com vontade de voltar.


O aquecimento:


A Partida

A praia, com o pontão ao fundo e o farol, onde tivemos de ir dar a volta, correndo ladeados pelo mar, maravilhoso:
Com o meu amigo António Pereira a ficar para trás (apenas porque está lesionado a sério... infelizmente)
Vou bem nesta altura:

E bem me mantive até à meta:

E com o fotógrafo, o meu amigo maior: o meu pai:



Em 722 atletas chegados, fiquei em 619º com o tempo de 56m04s, numa distância de 10 Km


Mais fotos no site da fotodesporto, que mais uma vez, fez o excelente trabalho a que já nos habituou, em:

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

A minha Meia Maratona de Ovar, na sua 19ª edição – 5 de Outubro de 2007


É engraçado. É engraçado como me deixo arrebatar por emoções e sentimentos que quase me impedem de ser objectiva e clara. Digiro ainda o dia 5 de Outubro de 2007 e as 2h04m em que vivi a 19ª edição da Meia Maratona de Ovar.

Estivesse eu fisicamente melhor preparada, e cada passo não me tivesse custado tanto e certamente veria as coisas de outro prisma.

Valeram-me os muitos amigos que me rodearam. Antes, durante e depois da prova. Tenho sorte. Muita sorte! Ou como diria eu a outros: a sorte fazemos nós. Aos meus amigos, a TODOS eles, aqui agradeço. Foto propriedade de Atleta Digital

Ovar está em festa. Ovar não é só Carnaval. Desde quase o seu início, tive eu uma ligação especial a esta prova. Todos os dias 5 de Outubro, se enfeitam as ruas, e o grande colorido é também dos rostos das gentes.

Este ano não foi excepção. Antes das 10 horas, aquecemos no meio da multidão. Ruas estreitas, de janelas bonitas e trabalhadas, e os azulejos em cada casa, brindam-nos e levam-nos a outros tempos.

Quase 2 milhares para a Meia e mais que isso para a Caminhada, numa cidade de culto da Caminhada, em que os Caminheiros não correm, mas caminham. Primeiro atrás e lá mais para a frente, maravilhosamente ao lado dos atletas, enchendo a avenida ladeada de pinheiros, conduzindo ao mar. Um mar de gente também.

Na cidade ficam as gentes que aplaudem e centenas de crianças correm também numa prova especial para eles.

Ovar, uma cidade e cheirar a mar e a doce pão-de-ló, de gente afável e participativa ela também na corrida, ajudando-nos a terminar mais uma meia maratona.

Um percurso sem carros, bem sinalizado e acompanhado. Bandas a tocar, papelinhos pelo ar, elevando corações e água com fartura para nos refrescar e saciar. O mar. A gente. O asfalto. Os ténis e o suor misturado com água e emoções que nos afloram e brotam à pele a bater no chão e fazendo-nos avançar para a meta.

Não estamos sozinhos tempo nenhum. Leva-nos a casa este caminho. Na meta um saco de prémios bem recheado com o tradicional prato de louça, a t-shirt e alimentos.
Voltarei, até que esta chama que trago ao peito se extinga um dia longínquo ainda.

Fotos no site da
fotodesporto e no site Atleta Digital
Classificações e outras informações no site da prova:
AFIS