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terça-feira, 17 de junho de 2008

20 anos de Chiado

Faz este mês 20 anos que trabalho aqui. No coração de Lisboa. Chiado... que mesmo antes de partir já deixas saudades...

"Entrou esbaforida no escritório.

- Bem meninas... Vi ali uns polícias.... tão giros, mas tão giros! De bicicleta! Com umas pernocas torneadas... oh pá! Deviam ter visto! (*)

- Então Ana?! E não cometeu logo uma infracção?

- Pois, lá vontade tinha... até podia ser autuada...que não me importava nada..."


(*) 20 anos a trabalhar praticamente ao lado do Governo Civil de Lisboa, e a frequentar as mesmas tascas que 99% dos polícias que por ali andam (ou... param), consolida-nos a ideia do polícia barrigudo, patusco e simpático (alguns) que despeja martinis e copos de tintol (ou branquinho) acompanhados ou não de um pastel de bacalhau, logo às 9 da manhã, como se a noite tivesse sido atravessada sem água no deserto – se calhar é pior que isso, mas enfim, seja lá por que razão for, são cenas que ficam na memória ao repetirem-se ao longo de 20 anos, e que justificam a admiração da mulher ao deparar-se com uma nova geração de polícias que anda por aí.
"- Vou ter saudades disto... - diz nostálgica.
- Deixa lá. Pode ser que no campo, os polícias andem a cavalo.
- Esses não são polícias! São guardas!
- E o que é que isso interessa? Desde que o cavalo seja giro... quer dizer... o gajo!"
Pois claro. Deixemo-nos lá de nostalgias. O que foi bom... foi! O que está a ser bom ... é! E o que virá, virá!

1 comentário:

Zen disse...

Bela vizinhaça!

Os tintos e os martinis servem muitas vezes para ajudar a navegar no deserto da alma que as memórias da selva da noite criaram.

Sim o que virá, virá!

Boa sorte portanto!