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sexta-feira, 9 de março de 2012

Ondulações

São como as ondas do Mar num constante vai-vem, águas límpidas mansas, serenas e previsíveis por vezes, para logo a apanharem desprevenida e vulnerável, ondas gigantes a crescer para ela, ondulações fortes, vigorosas e implacáveis, inesperadas e vindas do nada. São assim os sentimentos e os pensamentos dela, os estados de alma e o filtro através do qual vê o mundo e consequentemente age. Inconstantes, desequilibrados, perigosos até.  É preciso controlá-los. É preciso detê-los e impedir que avancem para a levarem para o fundo negro do Mar. "Mas como é que se controla o Mar?", perguntou a criança. E ela, já velha e cansada, responde sabiamente que não se controla o Mar, não se vence nem se luta contra ele, é uma guerra perdida, tem-se simplesmente de aprender a viver com ele, a acompanhar as ondas e aproveitar as marés, mantendo-se à tona, evitando os rochedos, os remoinhos e os monstros marinhos. Às vezes consegue-se, às vezes não.
Correr é preciso. Faz-me sentir bem. Não devo estar mais de um dia sem correr. Faz-me mal!

Treino: 9 Km em 56m36s, média de 6:17 / Km

1 comentário:

E disse...

o mar!

me enfeitiça!
assim como os turbilhões de pensamentos que me arrastam e me jogam de um lado pra outro, como o mar de ressaca!

ficar sem correr me causa grande estranhamento... quando não corro, me sinto incompleta, como se faltasse um pedaço de mim

bjs