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quarta-feira, 30 de maio de 2012

15ª Estafeta de Palmela

O transporte dos atletas para os pontos de transmissão do testemunho
A Magnífica pouco depois da partida da prova

A Inês a passar o testemunho à Cátia, que o traria até mim
O meu pai
A caminho da Meta

No final da prova, com o Pinto, colaborador da AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras
O almoço
Com o meu amigo António
As noites e os dias não têm sido propícios a escrever, por isso esta demora em falar de uma prova que merece todo o destaque, a minha admiração e respeito, e também os meu parabéns, e ela é a ....

15ª Estafeta de Palmela

Gosto de fazer Estafetas. O simbolismo do Testemunho levado de um ponto ao outro, sendo transportado por elementos diferentes de uma mesma equipa, em vários percursos, passado de mão em mão. O esforço de um que deu o seu máximo e entrega o testemunho, a responsabilidade do que o recebe, que quer no mínimo manter o trabalho e a posição alcançada pelo elemento antecedente e de igual modo se esforça até alcançar o elemento seguinte a quem entrega o testemunho e dá o seu trabalho por concluído, desejando sorte e força ao seguinte. O esforço de todos é valorizado e respeitado e todos querem dar o seu melhor, não só por si próprios, mas pela equipa. Gosto de fazer Estafetas.

A Estafeta de Palmela tem 4 percursos. A Magnífica fez o 1º, a Inês o 2º, a Cátia o 3º e eu fiz o último, mantendo a posição já alcançada pela equipa, e transportando o Testemunho até à Meta. Dei o litro e mais alguma coisa. Ficou a nossa equipa classificada em 11ª posição entre 14 equipas femininas classificadas.

Com organização a cargo da Sociedade Recreativa e Cultural do Povo do Bairro Alentejano, com Partida e Meta na Quinta do Anjo, e com o apoio da Câmara Municipal de Palmela, a Estafeta de Palmela proporciona uma manhã desportiva e animada, oferecendo por cada equipa de 4 elementos, 5 almoços, promovendo o convívio pós-prova, e só depois se fez a entrega de prémios.

São disponibilizados balneários para o banho depois da prova. Há uma boa organização geral e a Estafeta de Palmela continua a merecer a minha admiração e recomendo-a a todos. Será por certo uma boa experiência de grupo e individual. E esta noite continua a não ser propícia a escrever...

Até amanhã ou depois, querido diário


domingo, 27 de maio de 2012

15ª Estafeta de Palmela

Conforme previsto estive lá, na 15ª Estafeta de Palmela, e corri "muitíssimo bem". A representar o Clube Sargento da Armada, fiz o 4º percurso da Estafeta, o último, e mantive o trabalho e esforço das minhas colegas de equipa: não consegui passar ninguém nem deixei que ninguém me passasse. Corri os 5,750 Km em 30m25s, numa média de 5:17 / Km

Fotos em AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras 


Palavras minhas aqui neste mesmo lugar, mas só amanhã, pode ser? ... voltam por favor?

sábado, 26 de maio de 2012

Em véspera de prova...

... o que se deve mesmo fazer é ir andar de bicicleta e pedalar durante 2h56m.

Claro que eu ando muito mal de bicicleta para além de muito devagar. É claro que o equilíbrio ainda (aos 43 anos de idade, imagine-se!) se anda a treinar, e na maioria das vezes ficam-me a doer mais as mãos e os braços que as pernas. Por aí se pode adivinhar a intensidade do "treino". No entanto, não deixaram de ser quase 3 horas em cima da dita, parando algumas vezes para tirar fotos, à "vedeta" e aos touros, outras vezes sendo obrigados a levar a bicicleta à mão porque a vegetação nos impedia de avançar, e saliente-se que não caí, e percorremos exactamente 30,5 Km. Foi devagar? Foi! E depois? Foi BOM. E não se atrevam a discordar!











Até amanhã querido diário, na Estafeta de Palmela

nota: a pedalar, a minha tíbia portou-se cinco estrelas! Nem a senti!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Depois da Meia...

...ficou-me a doer mais a perna. A dor é ligeira e finjo que não existe quando caminho, mas a subir e descer escadas, é ver-me agarrada ao corrimão pois quando é a perna esquerda a apoiar-se no degrau e a flectir-se, subindo ou descendo os degraus e suportando todo o peso do corpo, parece que a qualquer momento me falta a força e vou abaixo.

Ainda assim, fui experimentar correr ontem. Só para perceber a dimensão dos danos, para saber se ainda podia correr. E se nos primeiros metros (ou passos) acho mesmo que coxeei, depois acho que a dor estabilizou, ou adoptei um modo qualquer de correr que me protege da dor, e corri 5 Km em 32 min. Com dor.


Conclusão: posso correr. Mas não sei o que estou a fazer. Ou antes...sei! Sempre fui adepta do "se dói é porque algo não está bem, e se algo não está bem, não devemos insistir pois só estaremos a agravar a coisa". Pois acho que é isso mesmo que estou a fazer: a agravar a coisa.


Mas assumi o compromisso com o Clube do Sargento da Armada de participar na Estafeta de Palmela, sendo um dos 4 elementos necessários para formar uma equipa, já no próximo domingo, e não posso falhar... Não posso. A minha participação é indispensável, assim como a dos outros elementos da equipa, pois a desistência de um, estraga a equipa toda! Por isso, domingo correrei, e depois...depois logo se vê.

Mas cá para nós que ninguém nos ouve, o que eu acho mesmo que deveria fazer, era...como embarcação ferida na carena, deixar-se rebocar para porto seguro e dar entrada no estaleiro, para reparação e manutenção e ficar por lá uns tempos. Podia mesmo ser aí: Viana do Castelo, que a minha casa é onde eu estiver bem.
Ou então, em alternativa, ficar quietinha no sofá, ainda a bebericar vinho do Douro em pequenos goles degustados lentamente, a deixar derreter na boca, os tradicionais rebuçados da Régua, e adoçar a minha vida.

Comentário aos comentários

Eu ia responder aos comentários ao último texto, na respectiva caixa de comentários, mas quando dei por mim tinha escrito tanto que o comentário não foi aceite por excessivo número de caracteres, vulgo letras na sua maioria neste caso. E como não gosto de poupar palavras, e as quero deixar para vós, deixo aqui especialmente para quem me comentou no texto anterior, o meu próprio comentário:

Obrigada a todos pelas palavras deixadas!

Ana (anci): foste uma óptima companhia o tempo todo e também nos 30 minutos de atraso da prova. Oportunidade para conversar... foi bom :) Que se venham a repetir muitos mais momentos assim.

Horticasa: olha que daqui a um ano, vou "chamar-te" a ires comigo! Mesmo! Foi um fim-de-semana e pêras e só podias ter adorado, mas para o ano conto contigo LÁ!

Kim: ups...que embaraçoso, eu toda simpatia por aqui e depois lá nem o cumprimentei como deve ser, pela simples razão de o não reconhecer...desculpe. Bem que eu quando escrevi aquela frase "(que pena não ter visto e cumprimentado o Kim...)" me lembrei de acrescentar qualquer como "ou vi e não reconheci", juro que pensei em escrever isso mas depois achei que não, definitivamente não o tinha visto e não valeria a pena escrever tal... pois enganei-me redondamente não foi? Para a próxima, insista por favor "Sou o Kim!O Kim da Régua!" e não me deixe passar por outra igual, é que ... confesso se o voltar a ver amanhã, não sei se o vou reconhecer outra vez! E não é por mal ou indiferença, é mesmo porque tenho alguma (muita!)dificuldade em fixar rostos... desculpe mais uma vez...

Nainho: obrigada. Sim, baixar das 2 horas está perfeitamente ao alcance de qualquer um, desde que trabalhe bem para isso (e não haja azares). Para o ano ainda é cedo falarmos de planos e tempos, mas uma coisa é certa: quero lá voltar e correr a 8ª M.M.D.V., isso é certo!

Elis querida! Este ano de novo pensei bastante em ti durante a prova. Como inspiração que és.E sim,como gostaria também de partilhar contigo a Meia e o café nas margens do Douro. E... porque não? Falta um ano, se puderes e quiseres, há muito tempo para fazer poupanças e planos! Vi imensos brasileiros na prova com vossa bandeira. E de uma coisa tenho a certeza: ias adorar!

Ganfas: obrigada, mas é apenas a prova de que quem tenta e trabalha para atingir o objectivo, e sendo ele tão pouco ambicioso, como era o meu, de apenas fazer e acabar a prova bem, quem tenta e trabalha dizia eu, consegue!

Menina que corre: um dia ainda a hás-de correr, que dizes?

Afca: pois...concordo, o percurso é lindo, a paisagem arrebatadora, é verdade mas adjectivos como "o mais" ou "o melhor" ou "o maior"  não ficam bem principalmente sendo auto-elogios, mas compreende-se, é marketing... digo eu

Abílio Nunes: obrigada... fico assim "sem jeito" mas obrigada na mesma :) E claro que o "Vale tudo" foi uma frase muito infeliz, e veio-me logo à ideia se por valer tudo é que se passou o que se passou há 2 anos, mas friamente penso e creio que a frase foi apenas um momento menos bom de um animador que de uma forma geral esteve bem e cumpriu o seu papel. E quem não tem e teve já frases infelizes? Olhe, eu que escrevo para quem me quiser ler, já tive e não foram poucas... Espero que continue a aparecer, a ler e a comentar :) Gosto desta espécie de interacção com o leitor. Mentiria se dissesse que não. Gosto que opinem, concordem ou discordem, apoiem ou censurem, é sempre uma forma de reflexão e aprendizagem.

Luciana, obrigada, tenho tido tão pouco tempo para te "visitar" e comentar, e tu estás sempre aqui. Obrigada, e sim o Douro é lindo. A prova também tem caminhada, e é um belo passeio! Queres pensar nisso? Ainda alugamos daqui uma camioneta para a Régua para o ano!

Lénia querida! Pois sou uma sortuda. Lisboeta sortuda! Provas por aqui não me faltam e em relação ao nosso país estou bem localizada, posso ir correr longe mas nunca será tão longe como tu de algumas provas, estou sempre a meio caminho :) Mas quando a gente quer mesmo e quer muito, movemos montanhas, não é? E tudo bem planeado, não é impossível amiga! E é sem dúvida uma zona linda para passear em família. Uns dias de férias... eu fui à 6ª e vim à 2ª, para aproveitar mais um pouco e não ser tão cansativo.pensa nisso

Pedro, pois eu sorrio, porque encontro amigos, mesmo desconhecidos que me animam com palavras ou apenas um olhar, sorrio porque sei que encontro ali o meu pai, o meu namorado, a minha vida... mas muitas vezes sabe Deus o que vai cá dentro! Mas gosto de sorrir! E olha para o ano, conforme já referi acima, ainda vamos alugar um autocarro, que dizes? Vocês iriam adorar, não tenho dúvidas e nessa altura a Carla já estará a correr a Meia :) Certo, Carla?

Jorge Goes, obrigada por tanta atenção ao que escrevo, por tanto esmiuçar das coisas, analisando-as e aprofundando-as. Pois, sobre "A mais bela" já sabemos que é marketing, é uma imagem que se vende e se beleza é relativa, e "o mais belo" é certamente subjectivo, já dizermos que a zona é belíssima, é 100% verdade! (para mim pelo menos, lá está, a tal relatividade das coisas). Respondendo às suas questões, cá vai: Os velhos Nike foram, correram e voltaram! E parece que continuam a correr... Ando à rasca da perna mas quero acreditar que não é dos ténis mas da carga que pûs na semana que corri a Meia de Setúbal e ainda não há data prevista para a reforma dos Nike...; A t-shirt técnica: bem, eu de tecidos não percebo nada! Sou uma leiga que conhece o algodão e a fibra, que dantes se generalizava como nylon. Sei que há vários tipos de fibras, e sei que há roupa desportiva muito boa, feita de determinado tipo de fibra, que deixa o corpo respirar, que não acumula suor, que é leve, que é fresca e adaptada ao corpo, que não é propensa a criar maus odores, etc etc, e mais umas tantas características que me permitiria aceitar chamar a uma peça de roupa técnica. O que se vê na maioria das t-shirts que as provas oferecem e chamam de técnicas, a meu ver, não passam de t-shirts de nylon que favorecem o tal mau cheiro, muitas vezes até depois de lavadas e aos primeiros 30 segundos de nova corrida com elas, já cheiramos como se não nos lavássemos há uma semana e sempre com a mesma roupa. Pois a t-shirt do Douro é destas últimas (já treinei com ela). Em comparação por exemplo com a que ofereceram na Maratona do Porto em 2007, e com a qual corri esta Meia, esta a do Douro não chega aos calcanhares daquela, que pelas suas características e conforto, eu aceito chamar de técnica para a prática da corrida. E olhe que para o ano, eu vou-me lembrar do que aqui escreveu e quero-o encontrar lá! Tem é mesmo de se apresentar de forma clara e inequívoca, senão ainda acontece como com o Kim, estive a 2 palmos dele e não soube... ;)

E mais uma vez, obrigada a todos, TAMBÉM A QUEM COMENTA / COMENTOU O TEXTO ANTERIOR AO ANTERIOR, E JÁ AGORA A TODOS MESMO!

terça-feira, 22 de maio de 2012

"A 7ª Meia Maratona Douro Vinhateiro" ou "4 dias no Douro" - Parte II - Palavras

 Visão de um atleta de pelotão

Aquela que se intitula como "A mais bela corrida do mundo" com um pretensiosismo escusado, realizou-se no passado domingo dia 20 de Maio pela 7ª vez, nas margens do Rio Douro, num cenário de efectiva, rara e magnificente beleza, nas terras do Alto Douro Vinhateiro, zona classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade. Foi a 7ª Meia Maratona Douro Vinhateiro, que teve perto de 1700 atletas chegados à Meta da Meia, incluindo Atletas em Cadeira de Rodas, e milhares de participantes na Mini/Caminhada.

Depois de problemas graves no passado, nomeadamente com a quase ausência de abastecimentos, plenamente ultrapassados hoje, a prova é já um evento de sucesso, com uma boa organização geral, a merecer perfeitamente a adesão que tem, e a convidar a mais.

A 7ª Meia Maratona Douro Vinhateiro

O levantamento de dorsais nos dias antecedentes à prova mas também no dia da prova, com entrega eficiente e rápida. A concentração dos atletas no dia da prova na Régua, onde foram transportados de comboio para o local da Partida.
A animação na zona da Partida. A Partida excelentemente dividida com os Atletas da Meia à frente e os da Mini atrás. O atraso de meia hora na partida. O percurso bem assinalado, com marcação de quilómetros, totalmente cortado ao trânsito em perfeita segurança. Abastecimentos (água) em quantidade suficiente. Os chuveiros de água ao longo do caminho. Algum público. A beleza do percurso. A animação junto à chegada. A t-shirt "técnica", a medalha e a garrafa de vinho da região como prémios de presença. O Certificado de participação. O controlo por chip. A classificação disponibilizada on-line rapidamente. A Meta digna. O apoio médico. A acrescentar a tudo isto mas não menos importante, a gentileza das gentes a dar vontade aos atletas de voltar (sim, mesmo apesar do atraso de meia hora).

A minha corrida e a triste e muito infeliz frase de um "speaker" excessivamente excitado

O Douro embriaga-me. De serenidade e paz. Acordo nas margens do rio envolta em verde e renasço enquanto o dia nasce. Podia ficar ali horas sem me cansar, com uma chávena de café com leite quente nas mãos (ou copo de vinho tinto da região, dependendo das horas do dia), apenas a contemplar tamanha beleza e magnitude. Mas já é dia da corrida e depressa me vejo na Partida com a minha amiga Ana. Alongamos e vamo-os preparando para partir quando se ouve ao altifalante que pela estranha razão de ainda estarem milhares de pessoas na Régua à espera de comboio, a Partida iria ser dada às 11:00 hrs, portanto meia hora mais tarde que o anunciado e previsto, e para minha surpresa a completar a desagradável notícia quando o Sol já ia aquecendo, o speaker acrescenta efusiva e descaradamente que "...a partida tem um atraso de meia hora, mas não faz mal porque estamos na corrida mais bela do mundo e por isso vale tudo!"
Claro que de imediato na minha cabeça me surgiram as respostas mais ríspidas que transmiti à minha amiga Ana e a quem estava por perto e quis ouvir: "Vale tudo?! Vale tudo?! Se calhar por esse tipo de postura, de quem está no cimo de um pedestal sobre o resto do mundo, é que até valeu há 2 anos atrás colocarem em sério risco de saúde e até de vida, os atletas que não tiveram qualquer abastecimento ao longo dos 21 Km! Não meus senhores, não vale tudo!"

Crescia em mim um frenesim interior, que no entanto não deixei que se alastrasse ou manifestasse em demasia. Mas sentia-me incomodada. Se nunca simpatizei especialmente com a auto denominação da "mais bela corrida do mundo", que sempre achei e acho extremamente presunçosa, agora com aquele remate, sentia um certo desalento, estaria eu enganada quando quis dar e dei e continuo a dar outra hipótese à organização mesmo depois daquele massacre da falta de água há 2 anos atrás? Será que afinal a falha fatal da falta de água não terá vindo afinal ao encontro desta mesma postura que venho encontrar hoje: "Vale tudo porque somos a corrida mais bela do mundo"? Mas afinal o que mudou de há 2 anos para cá? Há água, está certo, é verdade. Mas não sei se a postura é a correcta. Não sei se mudou a essência. No entanto, e ainda, quero acreditar que aquela frase foi apenas uma frase de um "speaker" de cabeça oca, uma frase muito, muito infeliz e que não representa de todo a organização que nos ofereceu este ano, a par do anterior, uma excelente Meia Maratona para correr.

Nos 30 minutos extra, fartei-me de conversar com a Ana, sou abordada por 2 leitores deste blogue, que se apresentam e elogiam este espaço  (que pena não ter visto e cumprimentado o Kim...) e por fim é dado o tiro de partida. A partir daí não tive qualquer queixa ou reclamação. Estava tudo muito bem, ao contrário da minha perna que arrastei até sensivelmente meio da corrida para depois "adormecer" e deixei de a sentir. Corria em modo automático e não havia lugar à dor, que no entanto se mantém cá agora, um pouco pior do que estava antes da Meia, por isso vou continuar a correr.

Uma nova abordagem de alguém que lê esta espécie de diário, desta vez uma jovem que me cumprimentou em plena prova e seguiu para a frente. Lá pelo km 18 vejo-a no horizonte, faço por chegar a ela, e apanhou-a, incentivo-a a ir comigo até à meta mas ela não reage e eu sigo toda lançada rua abaixo. Estava "bem". Infelizmente, quando o percurso dá a volta e nos lança na recta da meta, mas ainda falta quase 1 km em ligeira inclinação (a subir), essa sensação esgota-se e de novo me arrasto, quase em agonia até à meta. Mas sorrio, ah pois claro que sorrio. Tenho lá o meu pai e amigos que merecem o meu sorriso. Reencontro a Ana, que entretanto já tinha acabado a prova, vou recolher os meus prémios contra a entrega do chip, quero ir ter com o meu pai, e voltamos depressa à calmaria das margens do Douro, onde pernoitamos mais uma noite, deliciados e embalados na grandiosidade deste Douro Vinhateiro, onde quero voltar sempre e recomendo a todos. Vens daí comigo para o ano?

Até amanhã querido diário


segunda-feira, 21 de maio de 2012

"A 7ª Meia Maratona Douro Vinhateiro" ou "4 dias no Douro"

Alto Douro Vinhateiro - Património Mundial
Quem lá vai, percebe porquê
Monumento à Cereja

A casa e o Rio Douro lá em baixo
Momentos de lazer e descontracção

E no dia da prova, eu a minha amiga Ana Groznik:


Eu e meu pai
Na Régua, sempre com cerejas por perto, antes de apanharmos o comboio que nos levaria à Partida
A Partida - foto retirada do facebook do evento, em: http://www.facebook.com/mmdouro




 

E por hoje ficam só estas imagens e a minha prova registada pelo Garmin,  porque cheguei há pouco e estou cansada porque tenho muitos quilómetros... não nas pernas, mas nas rodas da viatura.

Centenas de fotos da 7ª Meia Maratona Douro Vinhateiro no site da AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras

Classificações no site oficial da prova 
E a minha "espectacular" Meia do Douro Vinhateiro, passo a passo pode ser vista aqui - Corri 21,140 Km em 2h03m35s, numa média perto do regular de
 5:51 / Km

Até amanhã querido diário, amanhã conto contar como foi, mas desde já adianto que foi   E S P E C T A C U L A R e agradeço a todos que de alguma forma me acompanharam nestas 12 semanas e ontem estiveram comigo na 7ª Meia Maratona do Douro! 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Resumo da semana, 15 anos e A Viagem

Porque muito provavelmente amanhã e nos próximos dias não terei acesso a vir aqui, faço já hoje o resumo semanal do que foi o meu "plano de treinos" de 12 semanas para a Meia Maratona do Douro. E num abrir e fechar de olhos, chego a esta que foi a última, a 12ª semana desde que meti isto na cabeça e comecei a trabalhar para alcançar o objectivo, que está desde já atingido, e que era "apenas" conseguir correr com um relativo conforto os 21 Km da Meia Maratona, coisa que já fiz há 2 semanas atrás em Setúbal. Recordo que há 12 semanas muito dificilmente conseguia correr continuamente 2 ou 3 km que fossem. Por isso, meus amigos e amigas, se alguém duvida, a Meia Maratona (e provas de outra envergadura!) está facilmente ao alcance de todos, mesmo daqueles e daquelas que hoje mal correm 1 Km seguido. Os requisitos são QUERER e trabalhar em prol do objectivo sabendo de antemão que vai levar algum tempo, semanas ou meses, e se o trabalho é basicamente treino, não se deve descurar certos "detalhes", como hábitos alimentares, descanso, e muita paciência e persistência. Afinal, correr e treinar com um objectivo destes ou outro, acaba por ser uma postura na vida.


peso: 67 Kg - Relação com o peso da última semana: + 0,5 Kg

Resumo dos Treinos da 12ª semana (das 12 de Treino para a Meia) - FIM do plano

Carga Semanal:  16 Km em 2 Treinos:


2ª feira 14.05.2012: 10 Km - 1h00m
4ª feira, 03.05.2012: 6 Km - 37m19s


E agora meus amigos, faltam 2 dias para esta pessoa estar a correr a 7ª Meia Maratona Douro Vinhateiro.

A viagem das 12 semanas chegou ao fim, não sem sobressaltos, mas muito gratificante e enriquecedora e agora dá-se início à viagem de cerca de 400 Km para chegar às margens do Rio Douro,  passear, correr e estar em família e com amigos naquilo que se espera seja um bom bocado de vida para todos. Mas se poucos vão comigo fisicamente, já muitos levo-os no coração bem guardados. E há bastantes probabilidades de tu seres um deles. Sim, tu!

Eu, filhota e Estrela, há uns anos atrás
E hoje o amor da minha vida faz 15 anos! Para ela, que alterou a minha vida e lhe deu um sentido maior desde o momento que tive consciência que a gerava no meu ventre e fui alimento, amor e abrigo durante 8 meses a partir do meu próprio corpo, e que me preencheu e agarrou à vida tantas vezes e dividiu comigo bons e maus momentos e me encheu de felicidade em tantos e tantos dias da minha vida nos últimos 15 anos: os meus Parabéns e muitos Anos de VIDA!

E agora, vamos rumar ao Norte! Vem daí mais alguém?

Até amanhã querido diário, ou até depois, ou depois, ou depois... de amanhã

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A perna

Olha para a perna inerte, sentada na sanita, pausa momentânea de calma procurada durante o dia de trabalho agitado e nada indica que há ali um problema sob a pele branca. A perna está normal, nada se vê ou detecta à vista.

No entanto, de cada vez que se levantou da cadeira ao longo do dia, (e ela levanta-se muitas vezes), ao sair da cadeira e dar o primeiro passo e ao pousar o pé esquerdo no chão e ainda com a perna meio flectida, a dor agudiza-se do meio da canela para cima, bem no centro da perna a sugerir osso, como se fosse possível o osso doer, e ela viu surgir na sua cabeça em cada um desses momentos e eles foram muitos durante o dia, a frase fatal e fatalista "...a perna está lixada! Estou lixada...". Depois ao caminhar, como não flecte a perna no mesmo ângulo que é obrigada a desenhar quando se levanta (ou sobe e desce escadas por exemplo) a dor dissipa-se quase por completo embora não completamente.

"Isso é psicológico" quer pensar, mas sabe que é mentira...

Até amanhã querido diário


quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Sonho, A idade da inocência e O regresso do irmão

Invariavelmente, quando me deixo adormecer de barriga para cima, acordo sempre a meio de um pesadelo muito aflitivo, como se essa posição adormecida me deixasse exposta, desprotegida e vulnerável a coisas más que encontram a porta aberta da minha alma para me assaltarem e se apoderarem de mim sem qualquer escapatória possível. - Nada mau para uma descrente em tudo que cheire um pouquinho só a sobrenatural, heim? -  . E sempre, mas mesmo sempre que adormeço assim, acordo de cenários e situações que me parecem bem reais e que me deixam muitas vezes amedrontada durante o dia ou dias que se seguem.

Por isso, evito ao máximo adormecer assim e prefiro o Sonho. Adoro sonhar! Mas admito que às vezes sonho demais e sonho sozinha... e não sei se isso é assim tão bom...

Pensou no rapaz várias vezes ao dia. Aliás, se dissesse que ele não lhe saíra da cabeça um segundo durante todo o dia, não estaria muito longe da verdade. Não sabia definir o que sentia nem o que queria. Só sentia com clareza que precisava de o voltar a ver. Por escassos instantes que fosse! Com urgência. Uma vontade frenética e uma necessidade premente de lhe voltar a sorrir, de pousar os olhos dela no olhar maroto dele, de o ver passar a mão pela testa afastando o cabelo molhado de suor, de forma tão natural e inocente mas carregada de uma sensualidade gritante que a desarmava completamente.


Hoje ao chegar ao Parque, encontrei o meu irmão, e acabamos a correr juntos. Ele perdeu muito peso nos últimos meses e tem andado a treinar regularmente mas eu não fazia ideia dele andar a correr "tanto". Fizemos juntos 6 Km em 37m19s, numa média de 6:13 / Km em trilhos desnivelados e constantes mudanças de direcção, ritmo e inclinação do terreno. Não seria bem o tipo de treino que eu me aconselharia para hoje, com uma canela a doer e a escassos 4 dias da Meia Maratona, mas só pela companhia, a fazer recordar velhos e bons tempos da nossa existência de irmãos, valeu muito a pena! E o rapaz não está a correr nada mal!
Obrigada Dog! O treino foi bom, soube-me muito bem!
Por fim, já no final do sonho, o rapaz passou por ela, mas ao contrário dos sonhos anteriores, não estava transpirado nem limpou a testa de forma natural, mas da forma habitual sorriu-lhe e por momentos pousou o seu olhar maroto e inocente ao mesmo tempo, nos olhos dela, e invadiram-na doce e suavemente  com toda a permissão e deleite dela.

Até amanhã querido diário

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Às vezes

Às vezes temos tudo para estar bem e não estamos.
Às vezes temos tudo e vamos encontrar no olhar fugaz de um estranho o que nem sabíamos faltar-nos.
Às vezes os treinos correm bem.
Às vezes os treinos correm-nos menos bem.
Às vezes a vida corre-nos bem.
Às vezes a vida corre-nos menos bem.
Às vezes estamos bem.
E às vezes não.

Está quase tudo a postos para rumar a Norte, para as margens do Rio Douro. Há 12 semanas atrás embarcava nesta viagem e esta espécie de diário ajudou-me dia após dia, acompanhando-me e me auto motivando para manter alguma firmeza nos treinos, mesmo que frágil. E mesmo a treinar sem grande rigor, é claro que evoluí. Há 12 semanas atrás mal corria 3 Km seguidos. Hoje creio já correr com alguma facilidade os 21 Km. Lentamente, mas corro-os, sim!

Mas hoje, e desde a Meia de Setúbal, ainda me doem muito as pernas. As varizes (que tenho) e a onda de calor que abruptamente invadiu o país não se dão muito bem, e a juntar a isso a carga da semana passada, continuo a sentir as pernas extremamente doridas, cansadas e pesadas. Vamos considerar que às vezes é mesmo assim e que até domingo me vou sentir melhor para correr "muito bem" e com alguma ligeireza e muita energia a 7ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro. O Douro ajudará, que eu sei que sim, porque às vezes só nós não chegamos e é bom acreditar e às vezes as coisas correm mesmo bem.

Hoje corri 10 Km em 1h00m média de 6:00 / Km